Sobre Educação Ambiental

Palestras, atividades de campo junto a escolas e o envolvimento comunitário em manifestações artísticos culturais contribuem no processo de Educação Ambiental despertando a percepção para a fragilidade, riqueza e responsabilidade com os ecossistemas marinhos e costeiros. A Educação e Comunicação Ambiental visam inserir melhorias no cotidiano dos moradores locais, promovendo a sensibilidade quanto a conservação dos ambientes marinhos e costeiros e sua biodiversidade.

“O homem acha que a natureza é empregada dele, que ela produz pra ele ir lá só colher. Com o passar do tempo a gente vai sempre superar mais um degrau, mas o processo educativo é demorado”.

Geraldo Filho – Mobilizador do Repescar na comunidade de Baiacu

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Moradoras de Baiacu

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Sobre as dificuldades de conscientização

Ao longo das caminhadas e entrevistas com os moradores da comunidade de Baiacu, mobilizadores e os responsáveis por ONG’s que procuram fazer trabalhos de Educação Ambiental, ficou claro que existem alguns entraves nos momentos de conscientizar os pescadores dos impactos gerados por alguns atos predatórios.  Por isso, alguns depoimentos foram recolhidos:

“Infelizmente, ou felizmente, a comunidade está crescendo e tem muita gente que está vindo, é esse pessoal de fora que está chegando quem está mais causando esses danos. As pessoas da comunidade desde pequenas vão Pescador no mangue em Baiacucrescendo, vamos avisando como é que tem que tirar e as pessoas que estão chegando e tem, também, pessoas que mesmo da localidade ainda fazem agressões ao meio ambiente”.

Elineuza Barbosa dos Santos – Presidente da Cooperativa Repescar

 

“Um dos motivos da resistência na Ilha é fruto da identidade muito forte dos pescadores com o mar. Alguns dizem: ‘eu pesco há 40 anos e sei tudo que vocês estão falando aí.’ Parte dos pescadores tendem a ser manter fechados às novas formas de pescar”.

Tiago Chagas – Turismólogo, PRÓ-MAR

“Muitas vezes a gente erra por ignorar um determinado fato, não é que a gente erre pra prejudicar, a gente erra por desconhecer”

Geraldo Filho

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Após o trabalho de entrevistas e visitas a comunidade de Baiacu e instituições relacionadas com o tema da pesquisa, foi possível observar que um dos grandes impasses para que haja uma conscientização efetiva da comunidade é a falta de divulgação das informações referentes a técnicas mais modernas de pesca e extração de marisco, agregação de valor ao pescado e novas leis de amparo a profissão.

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